1 de dezembro de 2008
Brasileiros e a Especialização em Sustentabilidade
Assim como os americanos criaram o selo LEED para certificar projetos de construções sustentáveis, o Brasil também está criando o seu selo verde. Chama-se AQUA (Alta qualidade Ambiental) e sai do papel este mês! Adaptado à realidade brasileira, surgiu à partir de um convênio entre a Fundação Vanzolini, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e o francês Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB).
O novo selo AQUA requer treinamento específico para quem for aplicá-lo. O que implica em cada vez mais profissionais especializados no assunto, embora nas universidades seja ainda muito difícil aprofundamentos no tema.
No Rio, a PUC tem cursos de extensão que diploma Especialistas em Sustentabilidade no Projeto, tendo como público s profissionais das áreas de arquitetura e urbanismo, design, geografia, engenharia, gestores e empreendedores. A Gama Filho abriu recentemente curso pós-graduação em arquitetura sustentável. Há também a possibilidade de freqüentar cursos de curta duração nas entidades que promovem a sustentabilidade na construção.
Segundo o site planeta sustentável,19 profissionais brasileiros já encararam a prova do selo americano LEED (em inglês) e se tornaram experts gabaritados pelo Conselho de Greenbuilding dos Estados Unidos. "Os clientes estrangeiros vêm exigindo projetos preparados para a certificação. Por isso, credenciamos um integrante da equipe", conta o arquiteto Dante Della Manna, de São Paulo, referindo-se ao colega Antonio Mantovani Neto.
Algumas dicas para sua obra sustentável:
- Grupo de Trabalho de Sustentabilidade da Asbea: asbea@asbea.org.br
- Conselho Brasileiro de Construção Sustentável: www.cbcs.org.br
28 de novembro de 2008
Madeira Certificada
A acessoria do Ibama assume que não pode fiscalizar todo o comércio de madeira, mas está desenvolvendo sua própria certificação. A FSC (Forest Sterwardship Council ou Conselho de Manejo Florestal) é uma ONG capaz de certificar madeira de forma isenta, verificando de forma rigorosa o manejo sustentável de uma região.
O mercado para a madeira certificada está crescendo, alguns países já estão proibindo a importação de madeira não-certificada, as empresas revendedoras também estão dando preferência a este tipo de madeira e alguns governos estão dando incentivos fiscais para construções verdes. No Brasil só existe uma empresa que revende exclusivamente madeira certificada pela FSC, que vende para empresas que têm consciência ambiental forte e designers ou marcenarias que precisam exportar seus produtos.
Considerando que o Brasil possui 850 milhões de hectares de florestas e apenas 2.300.874 hectares é certificada, é necessário conscientizar e estimular as pessoas a que não comprarem madeira ilegal, e criar legislações que impeçam a compra pelas Prefeituras. Esta é uma tarefa árdua devido a grande quantidade de pessoas trabalhando desta forma e a falta de fiscalização, mas devemos pensar no futuro do nosso planeta e cada um deve fazer a sua parte. Assim, estaremos preservando nossas florestas e ainda contribuindo pela desaceleração do aquecimento global que já está afetando a todos.
26 de novembro de 2008
E de novo a educação
Mas será que os investimentos para esse setor estão sendo bem aplicados? De acordo com dados recentes divulgados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Governo nos últimos sete anos gastou oito vezes mais pagando juros do que investindo em educação.
É interessante vermos que essa falta de incentivo na educação está enraizada historicamente no Brasil. Nossa primeira Universidade foi fundada somente em 1934 (três séculos depois de outros países!). Pois é, assim não é fácil querermos ter um ensino top atualmente, mas quem sabe em um futuro próximo possamos nos orgulhar de nossa grande evolução e falarmos de nossa história de uma forma bem diferente.
24 de outubro de 2008
Em pauta: educação
Apesar de alguns números favoráveis, o ensino público no Rio continua longe do ideal. Segundo dados do IBGE, depois da implantação do sistema de ciclos, a defasagem idade/série caiu 15,5%, ou seja, os alunos estão na série ideal para sua idade. Porém, esses números positivos escondem uma verdade assustadora: 84,5% das crianças que não sabem ler, nem escrever estão matriculados em alguma turma do ensino fundamental ou médio.
O que não podemos fazer é colocar a culpa dessa situação no sistema de ciclos, pois a idéia dele é boa: não se deve aprovar ou reprovar, mas dizer aonde o aluno chegou para que no próximo ano retome-se o processo ensino-aprendizagem do ponto em que aquele aluno parou. Sem pular etapas.
O problema é que esse sistema com progressão contínua nunca existiu de verdade nas escolas do Rio de janeiro. O que era para ser uma solução à reprovação e manter as crianças estimuladas a estudar, acabou fazendo justamente o contrário: hoje, com a certeza de que, ao final do ano, passarão para próxima série independentemente de terem aprendido ou não, os alunos estão perdendo o estímulo para estudar.
É o caso de Isarrael, que aos quatorze anos está matriculado no quinto ano do ensino fundamental de uma escola municipal do Rio de Janeiro, mas não sabe ler ou escrever e por isso não consegue acompanhar os colegas de classe.
A causa para problemas que a educação carioca enfrenta não está somente no sistema adotado, ou na ausência dele. E a solução também não é fácil de encontrar. É claro que se precisa melhorar a infra-estrutura das escolas, qualificar os professores e conseqüentemente melhorar a qualidade do ensino.
Porém, conversando com alunos, pais de alunos, professores e especialistas em educação ficou claro que antes de qualquer coisa é necessário que haja uma ampla discussão para se encontrar o melhor caminho, o melhor sistema a ser seguido. E não decretar, de cima para baixo e da noite para o dia, dentro de uma sala isolada o futuro da educação.
8 de outubro de 2008
Nossa primeira enquete
E você, o que você achou do resultado da enquete?
2 de outubro de 2008
Mercado bipolar
No último mês, retiraram os “remédios tarja preta”, entenda isso como a quebra de bancos e seguradoras americanos, do paciente (o mercado financeiro) e pronto, foi um Deus nos acuda, as bolsas do mundo inteiro entraram em parafuso. Isso mesmo, não foram só os países emergentes que sofreram o baque e começaram a variar diariamente entre altos e baixos, até as poderosas bolsas de Wall Street entraram no sobe-e-desce.
No dia em que banco americano Lehman Brothers quebrou, as bolsas despencaram; depois, subiram um pouco. E voltaram a cair pesado quando quem quebrou foi a seguradora americana AIG. Agora qualquer boato, principalmente vindo do Congresso americano, muda o humor dos investidores. A expectativa pelo “pacotão” não pára de balançar essa gangorra que virou o mercado financeiro.
Aí entramos em outra discussão. Esses mesmos investidores que sempre defenderam uma economia totalmente liberal, sem intervenções governamentais, foram vítimas de sua própria ganância e agora esperam que o governo venha com a solução para crise. Primeiro foram os bancos centrais que ajudaram, agora está todo mundo esperando que o tal “pacotão” multibilionário saia do papel e salve a economia mundial. Será isso mais um sintoma da bipolaridade do mercado?
Desse jeito é muito fácil ser irresponsável. No “novo modelo capitalista” inventado pelos poderosos de Wall Street quem paga a conta dos exageros cometidos dentro das bolsas de valores é a população. A idéia básica desse novo modelo é simples: privatizar os lucros e socializar os prejuízos.
26 de setembro de 2008
Para onde vão os Royalties do Pré-sal?
Pelas regras atuais, num campo com alíquota de 10% (ela varia de 5% a 10%), a repartição dos royalties é a seguinte: 25% para Estados, 26% para municípios produtores e limítrofes, 18% para a Marinha, 13% para Ministério de Ciência e Tecnologia, 9% para o fundo especial (redistribuído para todos Estados e municípios) e 9% para cidades onde existam instalações de petróleo. No caso das participações especiais, os Estados ficam com 40%, o Ministério de Minas e Energia recebe 40%, e os municípios produtores, 10% - percentual idêntico ao do Ministério do Meio Ambiente. Segundo especialistas, o principal obstáculo à redistribuição está no fato de que qualquer mudança terá de ser feita pelo Congresso, abrindo espaço para que um sem número de emendas possa atravancar as discussões.
Propostas existentes para utilização dos royalties do pré-sal:
- Criação de um fundo para a Marinha garantir segurança às plataformas de produção instaladas na região do pré-sal, a mais de 300 quilômetros da costa, defendido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim;
- Criação de um fundo de combate ao aquecimento mundial com recursos do petróleo, proposta deixada em aberto pela ex-ministra do Meio ambiente, Marina da Silva;
Transferência dos recursos do petróleo para investir no bem-estar social e políticas de educação, proposta defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Justiça, Dilma Roussef; - Criação de uma estatal para controlar o petróleo extraído da camada do pré-sal, tirando algum poder da agência reguladora do setor, ANP. Esta é a tese que enfrenta maior resistência entre os partidos.
- Criação de um fundo nos moldes dos fundos soberanos, criados em países que têm no petróleo uma grande fonte de riqueza, como algumas nações árabes e a Noruega. Esses fundos aplicam recursos em projetos internacionais e conseguem, assim, manter a riqueza gerada pela exploração do petróleo. Defendido pelo presidente do BNDES, esta proposta é a que recebe maior apoio.
As propostas para utilização dos royalties da camada pré-sal ainda estão em discussão, o governo pretende ter uma proposta pronta depois das eleições municipais de outubro e apresentá-las ao Congresso no início de 2009, antes do início da campanha para as eleições presidenciais de 2010.
E você para onde acha que devem ir esses Royalties???
O saudável desafio da eficiência energética
Fonte: Gazeta Mercantil – 23.09.2008
Brasil - O aumento no preço dos combustíveis e a crescente demanda por energia podem prejudicar seriamente cidades, empresas e consumidores se não houver um comprometimento com a criação de tecnologias mais eficientes e com a economia de energia. Essa foi a questão levantada pela Conferência de Competitividade e Eficiência Energética, realizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na última semana, em São Paulo.
Exposição: Arquitetura + Ecologia: uma visão alemã
A partir do dia 25 de setembro, o Instituto Goethe começa a expor a primeira parte de uma série sobre a nova arquitetura da Alemanha. Será no Espaço Brasil Telecom, em Brasília.
Segundo a coordenadora da Exposição, Annsusanne Fackler, do Instituto Goethe, nos últimos anos, surgiram no cenário arquitetônico alemão, notáveis perspectivas para a configuração da vida moderna. "Ainda assim, em uma comparação com outros países, a sua importância não é devidamente reconhecida e a idéia de arte arquitetônica alemã está, freqüentemente, mais ligada a nomes do passado, como a Bauhaus, Peter Behrens ou Walter Gropius", esclarece.
A intenção dessa série de exposições é apresentar um diálogo dos diferentes conceitos culturais e sociais, por meio de exemplos de projetos contemporâneos. Na Alemanha, os últimos 30 anos foram marcados por, além de uma sucessão de movimentos e estilos, muita tecnologia e soluções inovadoras. A partir de um momento mais atual, a principal meta dos novos projetos passou a ser a relação entre a construção e o ambiente em seu entorno. "Não apenas o efeito estético, mas especialmente o efeito sobre todos os aspectos da vida cotidiana ganha em importância e a insere em um contexto muito mais abrangente do que aquele de um simples projeto a ser executado", comenta Annsusanne.
Os exemplos expostos mostram uma diversidade de novos desenvolvimentos na área da arquitetura sustentável, que podem ser encontrados atualmente por toda a Alemanha. Essa diversidade de formas de construção, economizando materiais e energia, como também as pesquisas na área de matérias-primas renováveis, equilíbrio energético ou ganho de calor, geram continuamente novas idéias, regulamentos e normas.
Entre os projetos, está um prédio de escritórios em Halensee, Berlim, no qual o espaço entre camadas age ao mesmo tempo como isolante térmico e acústico na barulhenta face oeste do edifício. Há, também, a casa solar Heliotrop®, que gira com o sol, de modo a obter a iluminação e o aquecimento ideais em todas as estações do ano e em todos os períodos do dia. O grande painel de células solares pode se orientar conforme o sol, otimizando o grau de aproveitamento da energia solar.
Debate - A exposição Arquitetura + Ecologia. Por conta disso, o Goethe-Zentrum promove, também, um debate no dia 1º de outubro, às 20 horas. Compõem a mesa os professores Jaime Gonçalves de Almeida e Alexandra Albuquerque Maciel, além do presidente honorário do Instituto, Hartmut Günther, como mediador. Diretor do Centro de Pesquisa e Aplicação de Bambu e Fibras Naturais, Almeida destaca a utilização dos materiais na arquitetura. Alexandra, doutora pela Universidade de Nottingham (Reino Unido), apresenta sua pesquisa sobre estratégias bioclimáticas em Brasília.
Local: Espaço Brasil Telecom
Endereço: Brasília Alvorada Hotel - SHTN Trecho 1 Lote 1B Conjunto C
tel: (61) 3306.2959
25 de setembro de 2008
Empregos
Uma recente pesquisa americana (Green Jobs: Towards Decent Work in a Sustainable, Low-Carbon Wordk) afirma que milhões de novos empregos podem ser gerados no mundo pela "economia verde". O Brasil é citado, por empregar 500 mil pessoas em atividades de reciclagem e gestão de dejetos. Com o aumento do preço das matérias-primas, esses setores devem crescer ainda mais, afirmam os pesquisadores. A economia verde engloba produtos e serviços de diversas áreas, como, agricultura, indústria,
É, parece que a causa por um mundo mais sustentável está mesmo em alta. Muito tem se falado sobre sustentabilidade e percebemos que a sustentabilidade não está ligada somente ao universo ambiental, mas também às esferas sócio-econômicas da sciedade. Essas últimas notícias, então, podem ser vistas com entusiasmo da perspectiva de um mundo e um Brasil mais sustentável. E que as próximas sejam ainda melhores!
23 de setembro de 2008
Fibra sustentável
Descrição: Painel laminado composto por fibras de bananeira e resina de origem vegetal. A produção das lâminas de fibra de bananeira utiliza apenas bananeira, água e soda de origem natural (oriunda de cinzas vegetais).
Vantagens: A produção de banana gera como subproduto grandes volumes de tecido fibroso da bananeira, uma vez que após ser retirado o cacho os produtores descartam o pseudocaule da planta, deixando-o no solo para que se decomponha naturalmente. Tal processo gera diversos problemas, entre eles a broca da bananeira e a proliferação de fungos que causam doenças nos bananais, além da emissão na atmosfera de metano (CH 4 ), um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. A matéria-prima para a produção do BananaPlac é justamente este refugo da agroindústria da banana.
Ao combinar o reaproveitamento de um subproduto da cultura da banana a um processo produtivo de baixo impacto ambiental, BananaPlac representa uma alternativa sustentável a diversos materiais, tais como laminados melamínicos (fórmica), compensados, aglomerados (MDF e OSB), chapas de fibra e diversos outros compósitos.
BananaPlac visa não só a criação de vantagens no âmbito ecológico, como também o desenvolvimento sócio-econômico das regiões bananicultoras (caracterizadas normalmente como locais de baixo indíce de desenvolvimento humano), uma vez que sua produção gera renda, capacitação e emprego para tais regiões.
18 de setembro de 2008
Banco Eletrônico
Bancos digitais
A equipe do Dr. Zhenming Xu, da Universidade de Shangai, desenvolveu um novo método de reciclagem que poderá transformar os computadores de ontem, assim como todo tipo de aparelho eletrônico, em verdadeiros "bancos digitais."
Mas um tipo de banco que não lembrará em nada a velocidade que um dia foi a marca registrada desses equipamentos, que se tornam obsoletos muito rapidamente.
Reciclagem das placas de circuito impresso
Embora os metais contidos nos circuitos eletrônicos, como cobre, alumínio, e até ouro, já sejam reciclados, a maioria dos materiais não-metálicos continua sendo jogada em aterros sanitários. Só as placas de circuito impresso respondem por cerca de 3% de todo o lixo eletrônico, em termos de peso.
Os pesquisadores desenvolveram um processo industrial para reciclar esses materiais não-metálicos, criando um material intermediário que pode ser utilizado para a fabricação de bancos para parques e praças, grelhas para esgotos e cercas.
O material também pode funcionar como um substituto para a madeira e outros materiais estruturais, já que ele é tão resistente quanto o concreto armado, graças à presença das resinas e outros materiais fibrosos que compõem as placas de circuito impresso.