28 de novembro de 2008

Madeira Certificada

No Brasil 86% da extração da madeira é irregular, porém o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama se declaram incapazes de identificar e proibir a atividade madeireira clandestina. A Floresta Amazônica abastece 90% do mercado brasileiro, empregando mais de 2 milhões de pessoas e sendo responsável por 4% do PIB.
A acessoria do Ibama assume que não pode fiscalizar todo o comércio de madeira, mas está desenvolvendo sua própria certificação. A FSC (Forest Sterwardship Council ou Conselho de Manejo Florestal) é uma ONG capaz de certificar madeira de forma isenta, verificando de forma rigorosa o manejo sustentável de uma região.
O mercado para a madeira certificada está crescendo, alguns países já estão proibindo a importação de madeira não-certificada, as empresas revendedoras também estão dando preferência a este tipo de madeira e alguns governos estão dando incentivos fiscais para construções verdes. No Brasil só existe uma empresa que revende exclusivamente madeira certificada pela FSC, que vende para empresas que têm consciência ambiental forte e designers ou marcenarias que precisam exportar seus produtos.
Considerando que o Brasil possui 850 milhões de hectares de florestas e apenas 2.300.874 hectares é certificada, é necessário conscientizar e estimular as pessoas a que não comprarem madeira ilegal, e criar legislações que impeçam a compra pelas Prefeituras. Esta é uma tarefa árdua devido a grande quantidade de pessoas trabalhando desta forma e a falta de fiscalização, mas devemos pensar no futuro do nosso planeta e cada um deve fazer a sua parte. Assim, estaremos preservando nossas florestas e ainda contribuindo pela desaceleração do aquecimento global que já está afetando a todos.

26 de novembro de 2008

E de novo a educação

E mais uma vez o investimento em educação aparece em nossa enquete como prioridade. Para os internautas, a educação não é somente uma questão essencial para uma cidade mais sustentável, mas também para que haja efetivamente a inclusão social. Na realidade, tudo isso está interligado. O acesso à educação é fundamental para que todos os cidadãos tenham oportunidades semelhantes, e estejam efetivamente incluídos em determinada sociedade, contando com serviços dignos, e assim, não havendo segregação por cauda de situação financeira. Porém, esta é uma questão não meramente quantitativa, mas também qualitativa, ou seja, não basta contratar professores e construir prédios para simplesmente colocarmos os alunos. O sistema de ensino deve também contar com profissionais qualificados e com ambientes adequados para a prática do ensino.

Mas será que os investimentos para esse setor estão sendo bem aplicados? De acordo com dados recentes divulgados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Governo nos últimos sete anos gastou oito vezes mais pagando juros do que investindo em educação.

É interessante vermos que essa falta de incentivo na educação está enraizada historicamente no Brasil. Nossa primeira Universidade foi fundada somente em 1934 (três séculos depois de outros países!). Pois é, assim não é fácil querermos ter um ensino top atualmente, mas quem sabe em um futuro próximo possamos nos orgulhar de nossa grande evolução e falarmos de nossa história de uma forma bem diferente.